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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Precisamos de novos passados


Uma coisa que não podemos fazer na velhice é reescrever a nossa história, isso fica para exercícios destes ( quem sofre de  imaginação errática tem estes escapismos). Como ficamos?
Quem vive no eixo estóico, com mais ou menos dificuldade, tenta sacar o máximo de cada dia. Não, não se trata de aproveitar o dia: carpe diem, em Horácio,  é despede-te do dia. O negócio, como dizem os brasileiros, também não é viver cada dia como se fosse o último ( isso fica para Hollywood e James Dean).
O que se passa é que cada dia é único, total, completo:
 Levantas-te de manhã, bebes café, reservas as férias de Agosto, fazes as contas ao IMI a pagar no fim do mês, enfias-te no carro em direcção a Lisboa, passas a portagem e um velho de 85 anos, em contramão, esmaga-te de tal forma que os bombeiros precisam de duas horas para te desencarcerar.
Tu e o velho , o futuro e o passado, realizam o resto da  promessa de Horácio " e não esperes nada do dia de amanhã".

1 comentário:

  1. " e não esperes nada do dia de amanhã".

    e que andamos a fazer por aqui e por aí? a esperar alguma coisa do amanhã (nem que seja acabar de ler os quatro livros começados). prefiro a imaginação - errática, ou não - que me faz sair da cama e me despedir da noite.

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