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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Queremos novos passados

Marie Bonaparte, financiadora do movimento psicanalítico, aluna de Freud, orfã de mãe com um mês  de idade : o nosso sentido da passagem do tempo tem origem no sentido da passagem da nossa própria vida. Quem diz que o passado é inalterável não sabe o que diz. 
O passado é feito de duas categorias: o acontecimento e a  percepção do acontecimento.  Esta é perfeitamente alterável. Um acontecimento ocorrido há vinte anos pode ser hoje sentido de forma tão diferente que passa a ser um acontecimento diferente. Uma zanga de  amigos, uma discussão com o pai, um amor perdido.
Do ponto de vista psicoterapêutico, este  passado sentido conta tanto como o outro. Talvez até mais: é o nosso passado.

2 comentários:

  1. A origem da prescrição!! Pertinente para as artes da ciência jurídica!!
    O Munch quando pintou a rapariga no leito de morte. A irmã, portanto. Disse, escrevendo, trinta e tal anos depois, como que ressalvando a pura expressão da verdade das coisas: É, pelo menos, assim que me recordo (de ter vivido, sentido, pensado...).

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  2. É boa, mas o Kierkegaard tem am ainda melhor o foreendring ( mais coisa menos coisa) que já trouxe a outras paragens e um dia trarei aqui.

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