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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Do controlo

É uma subforma da obsessão, mas tem fronteiras , exército e governo  próprios. O rei é o medo.
O'Neill ensina melhor do que os psicólogos ( Poemas com endereço,  1962):

Perfilados de medo , agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão  e coragem valem menos
e a vida  sem viver é mais segura.

É isto mesmo que o controlo  nos oferece: uma vida  sem viver. O sujeito vai tecendo, como o pequeno roedor na Toca, do Kafka, mil saídas , mil alternativas, mil estratagemas. Por vezes parece que as coisas lhe correm de feição, o que não admira tal é a energia posta ao serviço.
No final, até a  segurança é apenas um verniz fino.


6 comentários:

  1. Será só o medo? Creio que às vezes será possível chamar o remorso ou a culpa à colação, não?

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    1. Talvez, mas não me parece, depende do que queres dizer, João ( acho que sei...).

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  2. semântica tramada. a juntar-lhe a psi e a poesia corre o risco de ser labiríntico. o controlo - qb, fora da esfera obsessiva - permite moderação. direi eu, saudável?

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