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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Lugares comuns

Benjamin ( Infância Berlinense, 1900) e o telefone:  poucos conhecem a devastação que o seu aparecimento causou no seio das famílias. Conta  como se o pai entregava à manivela até se esquecer de si, dominado pelo transe. Benjamin era mais prático: rendia-me  à primeira proposta que me chegava através do telefone.
No outro dia, uma rapariga estava a contar-me  como tinha acabado a relaçao amorosa. Era uma primeira entrevista apenas destinada  a fazer  a história clínica. Loura plastificada, lânguida, deprimida, responsabilizando todos por tudo, a caneta já escrevia sozinha, coitada. Até que  ela me conta as palavras  finais da ruptura de uma  forma que me acordou: ela estava numa cidade, ele noutra. Por telefone? Acabaram por telefone? Diz ela: sim, por sms.
É fantástico como a  tecnologia facilita  a vida, até  a dos  que não a vivem.

3 comentários:

  1. como a vivem ou como vivem?

    curiosamente, nos últimos tempos fui duas vezes "bloqueada" nas redes sociais online. a seguir - suponho, com muitas certezas -, foram pedir colinho à mãe. talvez, até com direito a chupa-chupa. é a imaturidade, a que os chat's e sms vieram dar uma mãozinha.

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