A praga do pensamento positivo vende como pãezinhos quentes. É natural. Depois, com a realidade em cima, as pessoas vêm pedir ajuda: as fábulas são boas para ler na cama.
Mantenho os doentes, ou os apenas perturbados, em tensão. Se estás diante de uma pistola brandida por um louco, ou diante de um búfalo cafre mal disposto, precisas tanto de pensamento positivo como de uma inspecção das finanças.
A tensão, o instinto de vida, se quiserem, é o que te permite ter a compreensão total do sarilho. Sim, a depressão, um divórcio, o luto e a neura são sarilhos. O apoio psicoterapêutico, do meu ponto de vista, deve servir para extrair o máximo das possibilidades da pessoa e para a obrigar a reconhecer o sarilho em que está metida ( por vezes é o mais difícil). E isto só se consegue conhecendo-a tão bem quanto possível ( sim, inclusive que tipo de cereais come ao pequeno-almoço) para depois a ajudar a empregar tudo quanto tem.
O pensar positivo é para os minutos finais do SportingxBenfica.