Depois da cidade destruída, vestigiamos nos escombros, cumprimentamos os ratos, arranjamos uns plásticos e pomos à venda umas batatas velhas que escaparam.
A esperança é também isto ( continuo a preferir a minha definição : a bala sozinha no tambor do revólver). Ela, ainda jovem de quarentas, está, literalmente, entre este lado e o outro, mas continua a fazer tudo o que tem de fazer. Porquê?
Falamos muito da alternativa. Não há alternativa. Diante do perigo real e imediato, todas as adversativas levam com falta disciplinar. Continuar não é um caminho a escolher, é a propria escolha.A destruição é também isto: ficarmos reduzidos a uma vereda estreita.
Se existe elogio que tenho que lhe apresentar é este: a lucidez que demonstra. Logo, não precisa de presentes (característica das pessoas com um passado e um futuro).
ResponderEliminarNevertheless, tome lá:
:)
metobrigado, Alexandra, mas esse meu traço, comum a muita a gente, de resto, é o que me obriga a ler sempre afrikana antes de dormir.
EliminarNão percebi. E, não seja paternalista, não me diga de novo, acho que percebeu.
ResponderEliminarTalvez ela lhe venha aqui explicar...
EliminarA mim já me escreveu, tudo melhor explicado do que fui capaz.
Quando, sem sabermos bem como, acordamos num cenário de guerra e tudo à nossa volta parece ruir, o que fazemos? Procuramos, entre os escombros, o que pode ser salvo, e fazemos o longo caminho de quem quer viver. O caminho pode até nem ser longo (não sabemos), mas pode ser único. Aí, qual é a opção? Não há opção. Percorremo-lo, mesmo que no fim não haja mais nada. Ou que não tenha fim, apenas mais estrada.
ResponderEliminarexacto...
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