Excepto presuntos. De Vinhais. Três anos. Ou da Quinta da Folga ( menos tempo mas óptimos também). O que o tempo faz às perdas ( de gente ou de relações) é afogá-las. Por exemplo, em mais perdas.
À medida que o tempo passa continuamos a perder. Tempo de vida, dinheiro, paciência, outras perdas. Se ganhamos, ou seja, se juntamos coisas boas ( mais amores, filhos, livros, presuntos) estas também acabam, de uma forma ou de outra, e, por isso, são, à sua maneira, mais perdas.
Nenhuma veleidade: só Napoleão para derrotar Napoleão.
Disseram-me uma vez: "o tempo não cura nada, o que cura é a qualidade do tempo". É verdade ou é acrescentar ao vazio um vazio ligeiramente diferente? E se compensarmos uma perda "material" (expressão menos feliz quando se trata de uma filha) com algo mais imaterial? E vou pedir-lhe para explicar melhor quem é o Napoleão que derrota o Napoleão...
ResponderEliminardepois irei ao resto, mas, para já, a frase sobre Napoleão é de...Napoleão.
EliminarO tempo apenas tira o incurável do centro da nossa atenção...
ResponderEliminaruma banda sonora para este texto:
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=3aLWa_sZhto
https://www.youtube.com/watch?v=-3jO-3BoGzM
https://www.youtube.com/watch?v=D8iaAsxURsU
às vezes esgotamo-nos a "ultrapassar", outras, alimentamos essa angústia que achamos nos devora - se calhar temos de passar por várias fases até vermos o que nos serve, se calhar temos de ir sendo diferentes como o tempo
deacordo
Eliminarvou no Brel, obrigado.
Nem presuntos, o tempo por si só não cura nada, mas que é um poderoso adjuvante lá isso é, mais não seja por permitir/obrigar um distanciamento, e, ás vezes, ao longe vê-se melhor.
ResponderEliminar...ou talvez mais desfocado.
EliminarUm dia de cada vez Filipe...a gente deve-se perdoar...quanto mais cedo nos perdoarmo-nos mais cedo vem a paz e a tranquilidade. Se a perda for de alguém que gostou de nós ajuda pensar que gostariam mais de nos ver felizes que torturados.
ResponderEliminarDiz: "Nenhuma veleidade: só Napoleão para derrotar Napoleão." Claro. Mas e Waterloo e o Duque de Wellington, Pergunto, na analogia, como ficamos sobre o tempo? Haverá tempo que cure? Ou a cura precisa de tempo? Ou aquilo a que chamamos cura, não é mais do que uma oxidação, uma metamorfose que mais do que tempo, serão conjuntos de condições possíveis?
ResponderEliminaré óbvio que Naopelão dizia isso antes de Waaterloo ( não me recordo de quando foi, Austerlitz ou Borodino).
Eliminarjá vou percebendo que sim...
ResponderEliminarIsto foi seguramente das melhores coisas que eu ja li! :D Totalmente de acordo! Vou ter q partilhar, entre aspas, evidentemente.
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