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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Seres enfadonhos


Todos os conhecemos. Quando os saudamos, retribuem  mas já têm  uma sólida  na culatra:  sabes lá  a minha vida / ai estás bom? pois eu nem sabes o que tenho passado/ cá ando a aturar aquele chato / não imaginas o que beltrano me fez/  sabias que sicrana etc etc?
Por coincidência , depois do relambório autoreferencial,  costumam , se lhe damos azo, passar à segunda  modalidade preferida: dizer mal de terceiros. Pode ser das pessoas com quem passaram férias, de um filho, dos pais, dos amigos, do chefe, da empregada.
Curioso é que se examinarmos as suas vidas nem encontramos as grandes tragédias que  parasitam outras existências. Até isso lhes falta.
São seres enfadonhos porque absolutamente previsíveis. Levam uma vida monástica, pertencem à ordem dos neuróticos impotentes.

10 comentários:

  1. Teve algum que o irritou particularmente?
    E, a (des)propósito, porque gosto de peguilhar consigo...Dá-me luta...fica mesmo danado...fica tão mau danado, mas é um querido. Não se devem colocar palavras diagnóstico em situações de não diagnóstico. Impotente como que ?insulto...? Alguém tem culpa de ser impotente? Ou não era neurótico e sim neurótica? Ahahah

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    Respostas
    1. Querida drª: "impotência" não é só sexual, que fixação é essa?

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    2. meteu a pata na poça, pronto, tb me acontece...

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  2. Normalmente os seres enfadonhos têm também esta característica: começam as frases por "não". Os "Gato Fedorento" têm um sketch divertido sobre isso.
    Carlos

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  3. Descobri à tempos, por mão amiga, uma resposta ou, uma tirada, para os sofredores militantes vulgarmente conhecidos por queixinhas: "É pá, não sejas piegas, assim é que estás bem". Uma segunda versão é, interrompendo, perguntar por coisas piores: "sabes lá o que me aconteceu, diz o queixinhas, e a malta, interrompe e pergunta: "morreu, tens um cancro, o teu filho o quê?" Geralmente a coisa acaba num resmungo interior depois de virar as costas....

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  4. Não pediu para eu continuar impulsiva?

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