A da contracapa diz quase tudo ( clicar para aumentar), mas não tudo. Por exemplo, não diz por que razão escolhi a forma. Quatro histórias em vez de quatro de casos reais.
Ao contrário do que costuma dizer um divertido leitor ocasional deste blogue, não tenho ambições literárias: escrevo porque me falta a coragem de não o fazer ( Kraus) .Podia ter pegado em quatro casos reais e comentar . O livro traria então as inevitáveis larachas psi ou, na hipótese benigna, redundância inofensiva. Escolhendo histórias, pude assinalar as principais categorias que, do meu ponto de vista, revestem o essencial da violência sobre mulheres.
O princípio axial é o domínio masculino fragilizado pelas novas disposições femininas.
Na primeira história, já a referi aqui, um tipo não suporta a ex-mulher livre e disponível para terceiros. Só a consegue imaginar assim. Ambiente rural e o cliché obrigatório do álcool: coleccionei dezenas de casos desses na consulta.
Na segunda, trabalhei um casal de namorados: precisamente para opor à primeira história. O ciúme e a possse não precisam da idade nem do vinho, mas a protagonista é a mãe do rapaz que mata a namorada. Trabalhar a culpa.
Na terceira, uma mulher morre por acaso. Bentudo quer matar o marido da amante, um tipo execrável, doente e velho. Interessou-me mostrar duas categorias: o velho vínculo do casamento formal e o lado caótico da violência.
A quarta história é outra conversa, fica para mais tarde...
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