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sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Assai tormentata
Como tenho algumas traduções de Séneca, escolho uma na mais bela língua: brevissima, invece e assai tormentata è la vita di coloro che dimenticano il passato, transcurano il presente e temono il futuro. A síntese do andaluz é perfeita. Quem esquece o passado, negligencia o presente e teme o futuro, só nos dias do fim compreende que ocupou o tempo a fazer coisa nenhuma.
Há combinações ( não há moelas). Posso pagar os olhos da cara para fazer desaparecer as rugas, cumprir dieta nazi mas viver angustiado com o fim do mês. Ou passar o tempo a remoer, mas ignorar as isoflavonas de soja e o fim do mês. Enfim, os piores são os que preenchem as três categorias.
Remédios? Sim, os químicos, que te tornam insensível à tua miséria ( o papel que Freud destinava aos estupefacientes). O problema é que o efeito não dura muito.
A minha aposta é no presente.Ele é o eixo que te permite encaixar os golpes passados e fortalecer-te para o combate de amanhã.Por exemplo, se perdeste um filho ou um amor e tens agora outros, leva-os à feira e comam algodão-doce. Se receias não chegar a velho, alegra-te por os teus dias sobre esta terra terem dispensado algálias e canadianas.
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Em tempos (não muito idos, que não sou tão vetusta figura) tive uma teoria lindinha de mesa de café que versava deste modo: o Presente existe entre dois gigantes. Depois, deixei-me de teorias e confesso que prefiro assim, um tempo sem ordens de grandeza/superioridade, mais como uma dança. "Há combinações", como diz, Filipe. Valham-nos a todos as combinações. Com o amor e o sexo é igual, que compartimentos estanques não dão com nada.
ResponderEliminartambém prefiro assim, Alexandra, os sonhos ( e os pesadelos)sabem-no bem.
EliminarGostei.. no final de ler fiquei com lágrimas nos olhos.
ResponderEliminarÉ tão bom conseguir agarrar o presente com essa alegria.
honni soit...
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