Pergunta o Cole. Talvez o João faça essa pergunta ao tempo, que ele apoda de cruel. Prefiro a Yourcenar: o tempo, esse grande escultor.
Talha os traços na nossa cara e os crentes correm para as clínicas de estética; como se apagar o traço matasse o escultor.
Define os traços da nossa alma. Já não há sonhos, nem desculpas, e o passado, a única coisa que é nossa ( Séneca) , torna-se um inquilino amável.
A “ilusão” é um jogo perigoso no Amor como em tudo.
ResponderEliminarJá te disse alguma vez que desconfio que o nosso olhar “envelhece” connosco? Como os anos nos levam a descobrir que a beleza se encontra numas mãos vividas, umas marcas de expressão na cara, uns braços de mãe? Isto está muito bem feito, Filipe.
Bem, a beleza para mim continua num corpo de 28, para aí. Não confundo prioridades, sou um simplório, João.
ResponderEliminarAcredito que um belo corpo de 18 é mais atraente, mas com o prolongamento da esperança de vida, 28 já não é mau.
EliminarQuanto à beleza das mãos vividas, lembrei-me de um texto da escola salazarista, onde umas mãos queimadas eram motivo de uma lição de moral.
Não devemos confundir sentimentos morais/éticos com amor/paixão/desejo, senão estamos mal...
Que resposta tão tipicamente masculina, Filipe... que, além do mais, nada tem de simplório, como obviamente sabes.
EliminarDou-te um exemplo, e esou muito à vontade por não só não te conhecer como nunca sequer te ter visto: vi hoje na tv (no café, claro) o teu primo que está no MNAA (e que conheço de vista há anos, da FLUC). Envelheceu tremendamente (não o vejo em contexto de rua ou de 'cenas culturais' há anos e anos) e está muito mais charmoso (antes tinha aquele aplomb altivo enervante) mas, principalmente, mantém o que em tempos eu comentei com uma sua colega (com a qual cortei relações, tornou-se autoritária), aquela arte de abordar uma plateia como se de um só interlocutor se tratasse: um verdadeiro sedutor, com todas as qualidades para dar umas aulas a muita gente naquilo de conversar.
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EliminarTu e os clássicos...
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