Nos divórcios, a mulher ( só acompanhei um divórcio gay), quando há crianças, é o ponto de equilíbrio. Em regra. Tenho intervindo em mais divórcios ( com crianças, os outros são simples) do que gostaria, é um kloof cheio de leopardos e mambas negras, e aprendi que se quero ajudar os miúdos devo insistir na mãe.
Ainda há pouco tempo, as criancinhas eram despachadas para a mãe com visitas quinzenais ao pai. A mãe ficava toda contente por ter o mesmo trabalho com metade da ajuda. Sim, às vezes nem notavam, mas isso não as aliviava. Apesar da guarda partilhada, eles continuam a ter o lombo e elas o osso. É por isso que elas devem ser especialmente apoiadas. Se falham, falha tudo.
É uma injustiça, eu sei, mas, na guerra, se é o combate sangrento/ a decidir, nunca a discórdia/ se ausentará das cidades dos homens. Disse bem Eurípedes ( As Troianas) e acrescento: num divórcio comum, todas as crianças são Astíanax.
odeio essa perspectiva. a antropologia, sociologia, psicologia e outras tantas "ias" hão-de explicar essa diferença de género. demasiadas vezes, brutalmente alimentadas por quem deve afastar o prato.
ResponderEliminara mulher, que conhece as suas prioridades - inequivocamente as das suas crias -, é pessoa para além do género ou função. quer comer o lombo, cozinhado e servido quente. os cães que se entretenham com os ossos. a mulher, neste perfil assumido, será também melhor mãe. sobretudo, melhor modelo para as suas crias, que um dia serão também mulheres - bem estruturadas.
Pelo que me é dado observar, não só da minha experiência pessoal - criei dois enteados filhos da (com) a minha mulher - o que dizes é inteiramente verdade, e duvido que algum "campo de reeducação" alguma vez altere os factos.
ResponderEliminarcaro João, eu ando de calças e voto.
EliminarFaz muito bem, Rita. Se tivesse nascido há cem anos não teria tido tanta sorte.
ResponderEliminarsim João, é mesmo uma questão de sorte...
EliminarA menos que a mãe seja desiquilibrada, deprimida, o que talvez constitua a excepção numa regra construída em termos de experiencia pessoal.
ResponderEliminarSegundo alguns estudos, os rapazes sofrem mais do que as raparigas, com a separação dos pais...
Ando de calças, saias, vestidos ou calções ou voto pois "se é o combate sangrento/ a decidir, nunca a discórdia/ se ausentará das cidades dos homens. Disse bem" Alexandra.
ResponderEliminarCaro Filipe,
ResponderEliminarEste texto pode ser muito perigoso. Nem sempre a mulher é o elo mais fraco e nem sempre o pai se limita às visitas quinzenais.
Por motivos profissionais já vi de tudo nestes casos, mas não me esqueço da quantidade de mães que, perante um pedido de divórcio, acham que os filhos são só seus. E destas situações têm muita culpa os tribunais que continuam a achar que mãe é mãe e que o pai só é pai de vez em quando (e estamos em 2014).
Perigoso é um elogio que me cora, mas infelizmente escrevi "ainda há pouco tempo", o que significa que já não é assim.
EliminarSou incondicional prosélito da não guarda , ou seja, nem sequer partilhada: como numa casa composta...
Somos todos, caro Filipe, somos todos. Mas isso nem sempre é possível. E já é altura de o pai deixar de ser tratado apenas como aquele que paga a pensão de alimentos e que passa uns fins-de-semana com os filhos quando não tem mais nada que fazer. Já ouviu aquela do juiz que, perante um pedido de guarda partilhada, disse ao pai: " mas para que quer a guarda partilhada? É uma chatice, fica com menos tempo para si e para fazer as suas coisas..."
Eliminar