Tenho de ter sempre o controlo das coisas. Caso contrário fico insegura. O problema é que as coisas estão difíceis, o controlo é impossível. Estou a começar a sentir-me desesperada.
As coisas rolam com alegre indiferença pelas nossas necessidades. Tens de examinar a fonte dessa sede de controlo, porque arriscas-te a fazer a espargata nas rectas paralelas de Plutarco e o infinito ( onde elas se encontram) é capaz de demorar.
Repara, a vontade de algum controlo é natural. Por exemplo, a hora de deitar, o tipo de escova de dentes, a marca de sumos que bebes. Já a passagem do tempo pelo corpo, o curso que o teu filho vai escolher e o dinheiro que ganhas são bolachas de uma lata que não é só tua. A medida é o alvo.
Quando as coisas ficam difíceis, experimenta substituir o controlo pela cabeça fria. Ou seja, deita fora tudo que não é vital: o que sobrar é a tua cidadela. A escolha é feita deixando de lado o que não podes...controlar.