Tenho de ter sempre o controlo das coisas. Caso contrário fico insegura. O problema é que as coisas estão difíceis, o controlo é impossível. Estou a começar a sentir-me desesperada.
As coisas rolam com alegre indiferença pelas nossas necessidades. Tens de examinar a fonte dessa sede de controlo, porque arriscas-te a fazer a espargata nas rectas paralelas de Plutarco e o infinito ( onde elas se encontram) é capaz de demorar.
Repara, a vontade de algum controlo é natural. Por exemplo, a hora de deitar, o tipo de escova de dentes, a marca de sumos que bebes. Já a passagem do tempo pelo corpo, o curso que o teu filho vai escolher e o dinheiro que ganhas são bolachas de uma lata que não é só tua. A medida é o alvo.
Quando as coisas ficam difíceis, experimenta substituir o controlo pela cabeça fria. Ou seja, deita fora tudo que não é vital: o que sobrar é a tua cidadela. A escolha é feita deixando de lado o que não podes...controlar.
Esse foco de lanterna dá luz_ para estes lados. “A medida é o alvo”…
ResponderEliminarEm lugar de capturar território de controlo, em que se atola, empenhar-se antes numa boa decisão, do vital. Tem uma larga ressonância, além de que parece uma orientação sentida – vivida.
Claro, às vezes provavelmente por se estar no escuro, opta-se por se reservar o território, à espera de fazer sentido… mas a excepção não incomoda.
Mas a prática é que vai contar (a história). Oh se vai.
Maria
Post interessante. Lembra-me um pouco a filosofia estóica. Mas o que acha dos estóicos? Podemos aprender alguma coisa com eles no que toca à ansiedade e ânsia de controlo?
ResponderEliminarPergunto-lhe isto porque ando a ler as Meditações de Marco Aurélio..
Claro que podemos.Estóicos e epicuristas sao a minha base há muitos anos.
ResponderEliminar