Como posso ter a certeza de que é que com ela que quero ficar/ Por que razão me abandonou ele de repente?
Julgo que a vida é literatura no sentido em que tudo pode ser inventado sem servir para nada. Desse modo, as interrogações sobre as nossas certezas valem o que lhes queremos oferecer. Fiquem com um pedacinho do discurso que Valery fez, em Julho de 1927, quando foi eleito para Academia francesa ( substituiu Anatole France):
Entre les amateurs d’une beauté qui n’offrait pas de résistance et les
amants de celle qui exige d’être conquise, entre ceux qui tenaient la
littérature pour un art d’agrément immédiat, et ceux qui poursuivaient
sur toute chose une expression exquise et extrême de leur âme et du
monde, obtenue à tout prix, il se creusa une sorte d’abîme
"Como posso ter a certeza de que é que com ela que quero ficar/ Por que razão me abandonou ele de repente?"
ResponderEliminarMuito bela é a frase que vem a seguir: "Julgo que a vida é literatura no sentido em que tudo pode ser inventado sem servir para nada."
Pois é, a literatura não tem de ser hipostasia de pensamentos simples. E a vida, mesmo a nossa, decide-se também nos outros, não só em nós mesmos?
Coragem, meu companheiro, que grande que és! Ide /vinde à luta, que assim te quero!
(Gostei da citação de Valéry).
Maria / a verdadeira.