"Tento isolar-me para que as pessoas não se apercebam, levanto-me
cerca das seis da manhã e sigo rumo por zonas por vezes longínquas e
volto ao final da noite sempre ao mesmo sítio”, relatou.
Para trás deixou a mulher, um filho e uma família que lhe chama “maluco”, mas Marcos Ribeiro, que se apresenta de barba feita e roupa limpa, luta contra o desalento e mantém-se optimista sobre a escolha de destino".
Temos aqui uma fórmula de cientista perverso. O indivíduo que sai parece fugir, mas também parece lutar. Chegado a Londres , como Édipo entre os coloneus ( não se preocupem, não é o Édipo Rei, é a outra, Édipo em Colono), parece maníaco para uns, persistente para outros. Por fim, luta contra o desalento mantendo-se optimista. Parece uma contradição. Não é.
As situações-limite potenciam comportamentos que parecem contraditórios se a pessoa não se enfiar na cama ou na negação. Como somos apanhados por ventos laterais e imprevistos, as nossas melhores decisões parecem exageradas ou tolas.
O instinto de sobrevivência não foi desenhado para aquela hora em que chegamos a casa e calçamos as pantufas.
pode ser a chamada "fuga para a frente".
ResponderEliminarQuando estamos em risco e o que está atrás é que nos põe em risco, a fuga para trás é impossível.
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