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quarta-feira, 6 de novembro de 2013
A carne ou a vida
Estas chitas pequenitas, dentro de dois anos, vão atingir os 114 km/h. É para isso que a mãe trabalha, é isso que lhes vai garantir a carne. Também sabem ficar quietas: o Henrique Galvão teve uma que dormia aos pés da cama. Sobreviver é dinâmica.
Uma mãe que todos os dias diz que a filha é uma molenga e um pai que chama idiota ao filho todas as manhãs seriam despedidos da guilda de chitas criadoras. Os papás que vivem as suas vidas de frustração através dos filhos, incensando-os e perdoando-lhes tudo, idem. Criar é fazer, não é?
Como restaurar? Difícil. Não os posso virar contra os pais, tenho de os distanciar da intoxicação. O trabalho terapêutico acaba por ser uma segunda criação. Mostrar-lhes as ferramentas que têm de saber utilizar. O João dos Santos dizia que estamos cá para fazer falhar a educação que recebemos. Eu também conheço um tipo que teve seis filhos e cinco têm a profissão do pai. Não somos chitas...
Não temam, não se trata de relativismo agudo. O que o João dos Santos dizia é que, chegando ao fim da adolescência, temos de processar o legado e escolher: com o que ficamos, com o que rejeitamos. Acrescento que a proporção é variável, mas a condição mental é essa: escolhe, ganha autonomia, separa-te. Depois podes voltar e até comer castanhas assadas com os velhotes. Isso não conseguem as chitas.
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Grande, grande João dos Santos...
ResponderEliminar~CC~
Cute (a foto).
ResponderEliminarestamos cá para fazer falhar a educação que recebemos :)
Mal posso esperar: gosto muito de castanhas.
ResponderEliminarAbraço
Com vinho fino.
Eliminaroutro , tipo Lima
Castanhas assadas parece muito próximo da perfeição, tal como as estações (não nego que contrariá-las, de quando em vez, seja um apetite :).
ResponderEliminarUma vez, no FITEI, no Porto, as castanhas assadas fizerm com que eu estragasse uma performance do CITAC...
EliminarO que é que andou a fazer, Filipe? Conte-nos tudo., não nos estrague com a curiosidade :)
EliminarA convivência com os pais que estão fora de nós é pacífica e desejável... O problema são os pais que habitam dentro da nossa cabeça...Tão severos... Por que será?
ResponderEliminarNem a primeira é assim tão certa nem a sgunda tão problemática. Do meiuponto de vista, claro.
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