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domingo, 23 de fevereiro de 2014

O amor salva se não vier o 112



Tantas histórias que vou coleccionando, dava para mais um volume. Simmel dizia que o século XIX  descobriu um indivíduo que é um fantasma como o átomo. Por vezes, lendo as mensagens das pessoas, ouvindo-as, olhando para elas, para os olhos  em riste como quem desafia,  tendo a concordar.
Tanto Medeia  como Fedra confessam que  a paixão por Jasão e Hipolito, respectivamente, foi mais forte  do que  a razão ( os antigos  gregos, para quem não sabe, tinham a paixão em pouca conta) e daí as trágicas conclusões. É  a razão aborrecida? Um anti-Viagra?. Nem pensar.
Como mostra a prostituição de luxo, o bom sexo dispensa o amor. Dir-me-ao que falta o resto, o morrer é estar o dia todo inteiro sem te ver. Sim, no comércio sexual, mas não necessariamente na ligação, na corrente.
Quem melhor  a definiu, a corrente, foi o  mestre La Rochefoucauld: pode amar-se uma mulher ( ou um homem) toda  a vida, amando partes diferentes dela ( ou dele). Isto, claro, demite o elemento essencial do amour fou:  a orgia narcísica que consiste em ter alguém aos nosso pés.
Orgias por orgias, prefiro as da prostituição de luxo:  altamente técnicas e sem ter de partilhar os livros e fimes favoritos.


10 comentários:

  1. Respostas
    1. pourquoi? porque é uma visão muito preta ou branca. porque é redutor considerar pessoas como fantasmas. mas a mensagem é clarissima.

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  2. Rita,

    o Filipe vem aqui - nem sempre, mas muito às vezes - como quem escreve entre uma consulta e a leitura do capítulo XII do tomo VI da obra X e não fala sequer da imortalidade.

    Imperdoável.

    (tinha alinhavado um comentário semelhante há cerca de uma hora e tal atrás que não consegui publicar por ter o portátil - ,que ainda por cima, corre em Unix, versão obsoleta - dado as últimas).

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    1. por acaso venho mais para vender livros que estão esgotados e não serão reeditados.

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    2. "por acaso" parece-me mais correcto, sem comissões nas vendas e tal e tal :)

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    3. cara Alexandra, não me parece que a escrita, mesmo em intervalos, não seja pensada e intencional.

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    4. Falta-me sempre a coragem para não escrever, como dizia o Karl.

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    5. faltam-me sempre as palavras certas, como dizia a Rita eheheh

      mas como dizia um blogger qualquer (a preguiça não me deixa ir procurar qual ao certo), que tal como há pessoas que não devem usar armas, há outras que não devem usar teclado. por isso vou agora calar-me :)

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  3. Sim, já tinha dado conta...e é uma pena.

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