A Rita, nos comentários ao post anterior
"a falta de clareza não era acerca
dos sociopatas e das suas conhecidas experiências, mas sim a relação que
coloca entre o desejo e antidesejo, que não percebi patavina".
Odiar alguém e amar alguém são categorias lexicais do desejo: desejar o mal do outro / desejar o outro. Também têm em comum a formalidade do processo, a encadernação, e, por vezes, a sentença final: já não te /me desejo/as.
O problema, e agora acrescento, é que usei a expressão antidesejo como uma declaração política: considero que desejar o mal do outro não chega bem a ser um desejo. Daí o prefixo.
Blanchot dizia que o desejo é a distância tornada sensível. É a melhor de todas. Implica a capacidade de sentir a pele do outro mesmo que a mil quilómetros e a mil interditos de distância . Os nazis, como os sociopatas jihadistas ( estou a falar dos indíviduos, não do movimento), eram incapazes de estar um dia sem tocar nos judeus, ciganos, homossexuais. Antidesejo: a proximidade tornada insuportável.
Tal como a Rita, eu também tinha ficado com dúvidas.
ResponderEliminarNão há nada como explicar "com desenho", Filipe. :)
percebi. o desejo é uma chatice.
ResponderEliminarolhe que não, olhe que não...
Eliminarkiss à B.