Tanta gente, tantas conversas, tantos ansiolíticos. Os anos passam e sei sempre mais do que sabia no ano anterior. Mal fora.
Tendemos sempre a enfrentá-la no seu terreno, o que é um erro. E o terreno é o da crise de ansiedade com a sua parafernália de sintomas, nem sempre com o aparato da crise de pânico. A mellhor estratégia é procurar um terreno mais favorável.
É a própria estrutura social da pessoa que deve ser batida. O que fazes, como vives, quem amas, quem evitas, o que bebes, onde dormes, quanto ganhas. Faz-se uma machan ( ou mutala) em cima de acácia ou figueira -da -Índia e observa-se tudo. A ansiedade caça lá em baixo, é preciso saber do que vive.
Podem dizer-me: é muito difícil mudar a estrutura social da pessoa. É sim senhor, é quase impossível, mas não precisamos de tanto. Por vezes um grande ajuste é suficiente. Uma relação amorosa que já morreu sem minguém a avisar, uma sogra com a qual já não há bandeira branca que valha, uma mania ( de controlar o filho, de fumar demasiado haxixe etc ) que tem de ser jugulada. E por aí em diante.
Nesta altura estão prontos a gozar comigo: se é assim tão simples por que existem tantos ansiosos? Porque é mais fácil deixar de fumar depois de um susto ou emigrar quando perdemos o emprego do que aceitarmos que a nossa vida está errada, que a culpa não é dos outros, que mudar não é apenas um slogan político.
Nem sempre há condições de mudança, imagine que tem vários empregos porque é o único modo de pagar as suas contas...se os deixar terá menos ansiedade mas perde a casa, deixa de ter dinheiro para pagar propinas dos filhos...etc
ResponderEliminar~CC~
é verdade.
EliminarPodemos sempre imaginar o pior cenário possivel: Metódicamente, meticulosamente, friamente . É preciso ver o filme repetidamente como espectadores para nos fortalecermos se os acasos da fortuna nos transformarem em actores nele .
EliminarDesde Zeno que a estratégia resulta, mas FNV explicará melhor.
So um breve comentario ao ultimo paragrafo. Percebo o significado ou a sua tentativa mas os exemplos sao no minimo catastroficos!
ResponderEliminarConheco muitos (dos proximos acho que a totalidade) que nem depois do susto deixaram de fumar e apenas uma pequena maioria emigra porque perdeu o emprego - a grande maioria fica onde esta' e culpa os outros!
Cumprimentos e ja agora parabens pelo blog (porque nunca e' tarde e sou leitor assiduo e sedente). JG
nunca é tarde: volte sempre
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