O refúgio pode ser uma tumba. Exagero um nadinha, mas se pensarmos em alguém deprimido, o oasis deixa de ser o lugar aonde se tem prazer em chegar para ser um covil de onde não se tem pressa de sair.
Tenho em terapia algumas pessoas nesta fase. Por exemplo, uma mulher de 40 e tal, com uma doença grave, uma de trinta e pouco, desempregada, e uma de vinte e muitos, desiludida com tudo ( e com ela própria). Em comum todas serem licenciadas - e especialistas -e terem uma má relação com o oásis, embora a de 40 tenha progredido bastante.
É curioso que quando estamos em baixo o refúgio seja mal aproveitado. Sei muito bem que a inércia triste invade tudo, porque já lá estive, mas também sei que não podemos desperdiçar. Nesta fase, invectivo, literalmente, as pessoas: o oásis está do lado delas e não é tempo de desperdiçar aliados.
Se nem no lugar/espaço/tempo do oásis somos capazes de sentir paz, estamos perdidos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.