As ideias da Genie são comuns, mas no último parágrafo ela aponta o único caminho: não podes controlar as finanças mundiais mas podes controlar as tuas. Ao limite ( fome, frio, sede) isto é verdade. Antes do limite, também. Resta o link entre ansiedade e controlo.
Nunca conheci sofredores tão profissionais como aqueles que pretendem controlar todos os aspectos do meio em que vivem ( família, amigos,doenças, trabalho, cão, vizinhos etc). Os distúrbios obsessivos ( com ou sem manto compulsivo-verificativo) e fóbicos devem, todos sabemos, à patologia do controlo. Acontece que, como lembra a Genie, o controlo razoável pode ser saudável. O difícil é estabelecer a linha.
Um teste do algodão é a saúde. O controlador patológico, quando detecta um sintoma, receia exames complementares. Isto pode parecer contraditório, mas não é: enquanto não souber se tem cancro ou está diabético, controla ( ilusão...) o desfecho. Na ansiedade económica ocorre um desvio semelhante.
Se tivermos controlo sobre a mania do controlo, caímos menos em desespero porque aceitamos a componente instável da situação. Pelo contrário, se somos patologicamente obcecados pelo controlo, enredamo-nos no exame minucioso e sistemático de todos os perigos. Até à exaustão.
Também é preciso cuidado com a mania do controlo da mania do controlo. Por vezes, rebelamo-nos contra nós próprios, não é? Que tal let it go... ou na versão musical, que sera, sera (já não estou a dizer coisa com coisa, eu sei, este calor dá cabo de mim!)
ResponderEliminar"Ansiedade"? Um post de Janeiro, bastante dinamarquês, uma boa tentativa para nos desviar a atenção do braseiro tropical onde nos encontramos.
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