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domingo, 7 de julho de 2013

Do controlo

As ideias da Genie são comuns, mas no último parágrafo ela aponta o único caminho: não podes controlar as finanças mundiais  mas podes controlar as tuas. Ao limite ( fome, frio, sede) isto é verdade. Antes do limite, também. Resta o link entre ansiedade e controlo.
Nunca conheci sofredores tão profissionais como aqueles  que pretendem controlar todos os aspectos do meio em que vivem ( família, amigos,doenças,  trabalho, cão, vizinhos etc). Os distúrbios obsessivos ( com ou sem manto compulsivo-verificativo)  e  fóbicos devem, todos sabemos, à patologia do controlo.  Acontece que, como lembra  a Genie,  o controlo razoável pode ser  saudável. O difícil é estabelecer a linha.
Um teste do algodão é a saúde. O controlador patológico, quando detecta  um sintoma,  receia exames complementares. Isto pode parecer contraditório, mas não é: enquanto não souber se tem cancro ou está diabético, controla ( ilusão...) o desfecho. Na ansiedade económica ocorre um desvio semelhante.
Se tivermos controlo sobre a mania do controlo, caímos menos em desespero porque aceitamos a componente instável da situação. Pelo contrário, se somos patologicamente  obcecados pelo controlo, enredamo-nos no exame minucioso e sistemático de todos os perigos. Até à exaustão.

2 comentários:

  1. Também é preciso cuidado com a mania do controlo da mania do controlo. Por vezes, rebelamo-nos contra nós próprios, não é? Que tal let it go... ou na versão musical, que sera, sera (já não estou a dizer coisa com coisa, eu sei, este calor dá cabo de mim!)

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  2. "Ansiedade"? Um post de Janeiro, bastante dinamarquês, uma boa tentativa para nos desviar a atenção do braseiro tropical onde nos encontramos.

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