A crise não paga vícios? Paga, sim.
O vício não é uma adição. O vício é uma formulação moral, a adição é um conceito clínico. Encontram-se por vezes à esquina a tocar a concertina, mas jogam em divisões diferentes. A heroína, o jogo ou o álcool sobrevivem à crise. Adaptam-se, mas sobrevivem. O vício é outra conversa. Tomemos, por exemplo, o da caça, do cabrito vermelho alentejano ou da Amazon. Quem, no seu perfeito tino, vai gastar menos electricidade para poder desperdiçar mais cartuchos, lamber as costelinhas cor -de- Céret ou folhear um Burckhardt não editado em Portugal?
O vício é ( roubando Gramsci) um banqueiro do gosto em regime de monopólio, portanto, um sindicalista da felicidade.
Não conhecia esses significados tão distintos...
ResponderEliminarConheces, sim, João. O vício da bola não é adição , pois não?
EliminarNão tinha visto por essa perspectiva, assim vistas as coisas nada a obstar, Filipe.
EliminarClaro que e adicao. Apenas um toxicod da bola como o fnv nao tem distancia suficiente para o admitir ;).
ResponderEliminaradicto ao... SLB.
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