Comida antidepressiva? Parece que com Omega 3. Salmão? Não me cheira. Atum fresco e sardinha? Melhor. Ainda melhor: o prazer em cozinhar. Neurotransmissores ( serotonina, oxitocina, dopamina e outros) em alta.
Antecipar o que vamos cozinhar. Logo aí a depressão lerpa uma lampana: plano, prazer, esforço. Depois, recuperar técnicas e modos já utilizados. Outra lampana: vais atrás, à tua vida, ela afinal tem coisas boas. Com sorte, recordas mesas e gargalhadas. Nesta altura a depressão parece o Cardozo diante do central. Qualquer central.
A crise assusta? Que nada meu irmão. Pão de centeio ( o alentejano de lei é raro) , azeitonas ( até das sapateiras, por Maomé), poejos, oregãos frescos da varanda e azeite. Ferve a água, derrete o pão com o oiro verde, cheira-lhes as ervas. Tens duas moedas no bolso? Vai buscar um queijinho do Cano ( Sousel) e apresenta-lhe um copo de tinto ( pode ser o bag -in-box Pingo Doce da Maria Donzíla Capeto, grande mulher...). Para sobremesa, por que não carapau pequeno? Três grãos de sal por cabeçudo, não os laves e frita-os em azeite.
Come sozinho. Afinal a depressão era tua.
;-)
ResponderEliminarmuito bom.
abraço
senta-te e come, colega.
Eliminarabraço
Delicioso o post, bem como a ementa !
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