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sexta-feira, 21 de junho de 2013
Pais e filhos
Não há nada mais miserável do que viver através dos filhos, ou seja, querer que eles sejam o que não pudemos ser. Isto leva, em regra, a dois pregos: ou ficam com a personalidade de uma amiba ou ficam iguais a nós. Pais assim são, também em regra, narcisistas magoados ou cavaleiros de armadura.
Já ouço o cântico: então há algum mal em passar os nossos valores às crianças? Nenhum, se os tivermos, claro. Isso é diferente de lhes dizer que esses são os únicos valores, os malmequeres no deserto.
Outro coro: e qual é o mal de dar ao meu filho uma vida melhor da que eu tive? Nenhum, só que essa vida má que viveste, não esqueças, é a tal que vai dar uma boa aos petizes. Tens a certeza de que era assim tão má?
Todos juntos: então o que é educar, caramba?
Cada um fala por si. Comigo, é dar-lhes a liberdade de recusar o que precisam e ensiná-los a fazer o que não querem. A partir daí, são livres.
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A racionalização e programação obsessiva da educação dos filhos parece por vezes o reflexo de um profundo egoísmo de pais e mães que, na verdade, vivem voltados para si próprios. Houve e haverá sempre pessoas incapazes de amar os seus filhos, agora há é uma maior censura social, temos que ser "bons pais" e que fazer coisas estranhas como ter tempo de qualidade(!) com os nossos filhos. Penso que um pai (ou uma mãe) que ama o seu filho não se esforça por ser "bom pai", é apenas "o pai" e isso é quanto baste. É mesmo tudo.
ResponderEliminarEscolha irrepreensível da foto, um baile de debutantes :)
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