Invocar a deusa da memória. Porque a seguir, como depois do Funchal ou de Arouca ou de tantas outras tragédias, vem o esquecimento disfarçado de condolências e debates intermináveis sobre políticas de fogos e de floresta.
Há uma outra pequena tragédia: o nosso horror à responsabilização. Nos incêndios como no resto, a culpa é sempre dos outros: dos antecessores, do clima, das organizações internacionais. Em Condeixa, a curta distância da carnificina, lançava-se fogo de artíficio hoje de manhã.
Não ha deusa da memória que resista a um povo que tem ( Gil acerta) medo de existir.
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