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sexta-feira, 7 de março de 2014

Virtudes

A crise não paga vícios? Paga, sim.
O vício não é uma adição. O vício é uma formulação  moral, a adição é um conceito clínico. Encontram-se por vezes à esquina a tocar  a concertina, mas jogam em divisões diferentes. A heroína, o jogo ou o álcool sobrevivem à crise. Adaptam-se, mas sobrevivem. O vício é outra conversa. Tomemos, por exemplo, o da  caça, do cabrito vermelho alentejano ou da Amazon. Quem, no seu perfeito  tino, vai gastar menos electricidade para poder desperdiçar mais cartuchos, lamber as costelinhas  cor -de- Céret ou folhear um Burckhardt não editado em Portugal?
O vício é ( roubando Gramsci) um banqueiro do gosto em regime de monopólio, portanto,  um sindicalista da felicidade.


5 comentários:

  1. Não conhecia esses significados tão distintos...

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    1. Conheces, sim, João. O vício da bola não é adição , pois não?

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    2. Não tinha visto por essa perspectiva, assim vistas as coisas nada a obstar, Filipe.

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  2. Claro que e adicao. Apenas um toxicod da bola como o fnv nao tem distancia suficiente para o admitir ;).

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