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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Divórcios, filhos


A diminuição do número de filhos, que começou nos anos 80 ( ao contrário do que dizem os aldrabões ), obrigou a uma actualização dos pressupostos parentais. Depois, a facilitação do divórcio ( agora menos  com a crise) criou uma rede de arranjos artificiosos. No meio, a lengalenga como a que  Goucha repetia, excitado, a um convidado no programa : É muito pior para as crianças um casamento de fachada dos pais". Isto porque o convidado disse uma coisa simples:" Não é à primeira crise que os pais se devem separar".
 O convidado dizia uma verdade óbvia, mas crença de que a vida familiar  deve ser um mix de Ídolos com Rei Leão gera reacções idiotas. O trabalho académico e político do lóbi gay, a partir dos EUA, nos anos 60, ajudou gerações a  acreditar na crença. Em parte compreende-se: a família tradicional execrava a homossexualidade. O problema é que a família era apenas o reflexo das categorias culturais vigentes.
Como psicólogo, tenho encontrado consequências muito piores para  as crianças  em casais que se divorciaram do que nos tais casamentos de fachada. E não é porque os papás se separaram: é porque usam as crianças para as noites ( e dias) das facas longas da vingança e do ressentimento pós-divórcio. Ou seja, os miúdos ficam com o pior do casamento de fachada num divórcio de corneta.

5 comentários:

  1. Como às vezes costumo dizer, o casamento é uma guerra para ser vencida todos os dias. Há quem desista, há quem acredite e há quem consiga chegar ao final do dia feliz.

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    1. Guerra? Bem, eu não acho, Tiago. É mais uma trivela que ora sai bem ora sai mal.

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    2. Guerra no sentido de ser uma luta, mas não beligerante.

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  2. não deixando de haver alguma verdade no que está escrito acima, creio que depende muito dos casos. dou o exemplo da violência física e pesicológica, algumas vez os filhos se safam disto? e de como se vive a fachada...

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  3. Por mero acaso vi a parte do programa da TVI a que se refere e achei absolutamente lamentável as intervenções e opiniões do Goucha. Também não admira em quem está absolutamente convencido que a sua opinião é decisiva para a mudança de mentalidades no caminho do "progresso civilizacional".

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