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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Dentro da insegurança


Kipling, "If":

If you can dream - and not make dreams your master,
If you can think - and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;

Não consigo convencer toda  a gente da conveniência da linha estóica, eu sei.  
A ideia de nos projectarmos no futuro é venenosa,  leva-nos a desperdiçar quase tudo, mas é um veneno  poderoso. A ideia de controlarmos as nossas vidas, e a dos outros, e a crença de que podemos reparar as injustiças do passado são sherazades  igualmente letais e maviosas.
A religião e o realismo depressivo fornecem defesas robustas, mas nem todos as conseguem aplicar. Envolvem  uma diminuição da nossa importância relativa, ou, se quiserem, do nosso narcisismo infantil.
Sobra a inteligência: recomeça sempre, aproveita tudo, o fim é igual para todos.


3 comentários:

  1. A nossa importância é do tamanho do buraco que quisermos cavar, para nos enterrarmos. Aprendêssemos pelo menos a rir de nós próprios, que pode ser manifestamente pouco sem saber confiar: a Grandeza está fora de nós.

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  2. Leva nos a desperdiçar quase tudo...é enterrar a cabeça na areia.
    Controlar a vida é o caminho para não viver.
    Há que viver...não controlamos. Magoamo nos mas é vida...quem nao vai a jogo não perde...mas tb não ganha.

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