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quarta-feira, 26 de junho de 2013



L, 28 anos, casada, sem filhos, rema contra  a corrente. Ainda bem que foge à neoplasia nacional e os salmões selvagens  são bichos de respeito. Tem um emprego mas não está satisfeita. É leitora do DC e, quando ler isto, vai recordar-se da nossa última conversa. O caso dela é sobre expectativas: são boas ou más para a saúde?
No caso dela, as expectativas afectam o  processo de decisão. Isto porque L. espera muito de uma vida profissional diferente. Noutras vidas é de um divórcio que se espera o renascimento, noutras ainda é numa mudança de casa que depositamos a reviravolta.
Quando se vai caçar com calibres médios ou grandes, o primeiro dia é reservado para o zeroing. Trata-se de adaptar a arma, mesmo que já velha  conhecida, ao momento que se avizinha ( viagens, alterações de temperatura e humidade etc, tudo pode descalibrar a coisa). Começa-se a 25 jardas e depois passa-se a 100 jardas. É um bom método.
Com as expectativas é a mesma coisa. Temos um alvo, mas, entre a decisão e a execução, muita coisa pode acontecer, até o previsto, pelo que as expectativas devem ser ajustadas gradualmente.
Esperar muito de uma mudança arriscada e corajosa retira-nos  a concentração e a energia para  levá-la a cabo e  conduz-nos   a exageros e a uma mira desafinada. Até conhecemos governos que  erram assim, não é?

3 comentários:

  1. Somos um povo estratega, no entanto, com pouca capacidade de execução. Mais importante do que pensar o que fazer, é fazer.

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  2. É, embora me escape aquilo das jardas (e o meu papá até era o melhor atirador do curso).

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  3. O emprego ocupa-nos demasiado tempo. É difícil afinar a mira quando o trabalho nos leva oito, dez, doze horas por dia. E quando entramos no círculo (até porque as alternativas não abundam) do "nunca mais saio disto e isto está a queimar tudo" ?

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