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terça-feira, 1 de abril de 2014

Ansiedade e treino ( IV)



"Patients on hemodialysis with an internal locus of control (independent) adjust and adapt better than those with an external locus of control".  O estudo é curioso. As pessoas ( em hemodiálise)  que depositam o mata-bicho nos médicos ou em Deus  controlam menos a ansiedade relativa à evolução do seu estado de saúde. Tenho muitas dúvidas.
O ponto é este:
"In chronic illnesses, it is important to develop behavioral attempts to involve patients in substitute activities by seeking alternative rewards. This would help them in getting new sources of satisfaction, and enhance the effectiveness of dealing with various problems in personal, familial, societal, and occupational disturbances. However, such tendencies are less in those with an external locus of control which was there in patients in the present study".
Não percebo por que motivo não se há-de poder racionalizar, obter informação e treinar a ansiedade e ao mesmo tempo acreditar em Deus.  É proibido?

10 comentários:

  1. Filipe, parece-me que o internal locus of control se refere ao detentor das rédeas.
    Não é pelo facto de se crer em Deus, ou nos médicos, que se julga que são eles que detêm as rédeas. Parece-me, pelo contrário, que uma pessoa de Fé chame a si o ónus de conduzir o seu destino.
    Deus é o Presidente do Conselho de Administração mas nós somos que gerimos a coisa.
    Penso eu de que...

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    1. O estudo é claro na defesa da auto-capacidade Vs referentes externos, Gustavo, induzindo, na minha opinião, uma espécie de oposição.

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  2. "Não percebo por que motivo não se há-de poder racionalizar, obter informação e treinar a ansiedade e ao mesmo tempo acreditar em Deus. É proibido? "

    Na minha qualidade de ateia creio que não, não é proibido. A questão assenta, precisamente, num conjunto de convicções, não em uma só, mas isto dá pano para mangas, certo?

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  3. Li hoje que faleceu o Le Goff (pausa para beijo nele), do qual só soube que era católico muuuuuuuuuuito tempo depois de o ler. Donde, estaremos perante um paciente ou um clínico (esqueçam lá isso da Questão)?

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    1. muito aprendi com ele, numas edições pequeninas vermelhuscas, estão para aí em allgum lado da bib.

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    2. Bem sei que não é exactamente a resposta que te apraz mas, em todo o caso:

      :)

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  4. Que ternura, Filipe, a bib. (aquele teu primo sedutor candidatando-se a não sei que D.)

    :)

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  5. A Idade Média ligou: disse que já tinha saudades do Le Goff.
    Quanto à questão: é sempre possível enganar e distrair o cérebro enquanto te preparas em doses homeopáticas para o trio final: tu, Deus e a Morte.

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